sábado, 26 de novembro de 2011

Comer cultura


Certa vez ouvi alguém falar em "comer cultura". Fico a dever a esta pessoa a lembrança de seu nome. Mas a expressão é notável. Se come cultura quando é saboreado um alimento feito na moda da nossa terra natal (comer em Itajaí); se come cultura quando se vai no nordeste saborear um bolo de rolo; se come cultura quando se come um acarajé, na Bahia. 

Mas há outras comidas que dão o sabor e o saber de comer cultura. Um café com pão e manteiga, à noite, pode ser uma iguaria, se não temos possibilidade de comer isso em outro país. Depois de 15 dias fora do Brasil, por exemplo, o camarada não aguenta mais comer lautas refeições à noite e só deseja um café com leite, pão e manteiga... Se consegue isso em algum lugar, sai revigorado...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

APP e Rio Sena



Da mesma forma que não há APP no Rio Tâmisa, pelo menos nos arredores de Londres, o Rio Sena, dentro de Paris, também não tem APP. As margens são todas repletas de construções.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

APP e Rio Tâmisa




Nestes tempos de discussão do Código Florestal, convém ver as margens do Rio Tâmisa, na Inglaterra. Lá, ao que parece, não há área de preservação permanente (APP) na margem do Rio. Pelo menos no trecho que vai de Londres a Greenwich.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mona Lisa

Como pode uma pintura de 500 anos de idade ainda despertar tanta curiosidade nas pessoas? A foto é do dia 18.11.2011, no Louvre.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Maria Madalena

Esta é a estátua de Santa Maria Madalena que está no Louvre. Uma mulher nua, coberta pelos cabelos.


domingo, 20 de novembro de 2011

Globo Sem Cruz

Normalmente os globos com um círculo horizontal e meio círculo vertical, com uma cruz em cima,simbolizam o poder infinito. O globo que Napoleão II segura, não tem a cruz em cima. Está na Igreja dos Inválidos, em Paris.

sábado, 19 de novembro de 2011

Túmulo de Napoleão


O túmulo de Napoleão Bonaparte, situado na Igreja dos Inválidos, em Paris, é impressionante pelas dimensões e suntuosidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Armaduras


As armaduras dos cavaleiros medievais eram pesadíssimas (cerca de 50 kg), o que dificultava sua movimentação nas batalhas. Mas eram muito bonitas. Os cavaleiros da foto estão no museu do Hospital dos Inválidos, em Paris.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Notre Dame



As escadas das torres da Notre Dame, em Paris, são dificílimas de subir (muito mais difíceis para o Quasímodo). Mas a vista lá de cima é belíssima. E os Gárgulas são muito interessantes.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ponte Torre

O maquinário da Ponte Torre em Londres, aparentemente antigo, está conservadíssimo e funcionando.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Carruagens Conservadas

É impressionante o zelo pelos patrimônio histórico e pelas tradições em Londres. As carruagens, ainda hoje usadas em cerimônias oficiais, estão sempre conservadíssimas, limpas e funcionando.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Natureza de Cada Um


O escorpião desejava atravessar um rio. Observou a rã parada na margem e pediu para que o levasse nas costas até a outra margem do rio. A rã disse que não o levaria, pois sabia que, a meio caminho, o escorpião lhe daria uma ferroada e ambos morreriam: a rã envenenada e o escorpião afogado. Após muitas promessas do escorpião, que garantiu que jamais ferroaria a rã, esta aquiesceu em atravessar o rio levando aquele às costas. Depois de algum tempo de travessia, já no meio do rio, o escorpião deu uma ferroada na rã, inoculando-a com dose letal de veneno. Já moribunda, a rã ainda teve tempo de perguntar ao escorpião porque fizera aquilo, já que, agora, ambos iriam morrer. 
- “Eu agi conforme minha natureza”, disse-lhe o escorpião, também já moribundo, para logo em seguida morrer afogado.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uma visão que gosto muito

Apesar de eu ter entrado em Blumenau, na minha infância, pela rua Itajaí e só depois de adulto ter entrado pelo acesso da Ponta Aguda, ainda acho este ângulo um dos mais bonitos para se ver a cidade na chegada.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Efeitos da Enchente em Blumenau




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Carro Velho

Saudades do fusca.

domingo, 6 de novembro de 2011

Oxford

Hoje conhecerei Oxford, se tudo der certo. O passeio foi contratado pelo Hotel, que contratou a empresa. Tudo com antecedência. Vamos ver se dá certo.

sábado, 5 de novembro de 2011

PODER CONSTITUINTE E MAZOMBISMO


Alguns povos dos quais nos originamos tiverem pensamentos parecidos.
Entre os árabes, vemos em HOURANI (1) que Mesmo que o governante fosse injusto ou ímpio, aceitava-se em geral que devia ser obedecido, pois qualquer tipo de ordem era melhor que a anarquia. 
Entre os índios do Brasil, já vimos, não havia um poder constituído, já que os morubixabas não tinham autoridade, não tinham poder decisório. A ascensão a uma posição de liderança ou de influência estava ligada a critérios lendários, sem escolha, como lembra VILLAS BÔAS (2): 

Na sociedade indígena não existem também normas estabelecidas que confiram a alguém as prerrogativas de mandante ou líder do núcleo populacional. Aquele que é chamado de cacique não tem privilégios de autoridade, tem somente os de conselheiro. Não é um escolhido, é ligado, até quando possível, a uma linhagem lendária. E, quando essa condição desaparece, passa a responder  como conselheiro da aldeia aquele que pelo número de aparentados alcança essa posição mais respeitada.

Mas, no Ndongo (África), chamava a atenção do Padre Garcia Simões, em 1575, a submissão do povo local ao Ngola, bem como a rigidez das leis [havia pena de morte para adultério e roubo (3)]. 
Mas, para entendermos nossa Teoria Política, o grande ponto é entender o como e o porque se dá o exercício do poder e a obediência entre nós (no caso o Poder Constituinte), para não fazermos um estudo mazombo do Direito Constitucional, ou seja, dando atenção para o França e a Inglaterra como o centro do mundo e pensando em nosso país como um detalhe, um “caso” digno de pouca atenção. Vejamos, então, para encerrar, o conceito de mazombo e as observações de Roberto Gomes a respeito de um modo de pensar de alguns intelectuais brasileiros. Primeiro o conceito de mazombo, segundo MOOG (4):

Em princípio do século passado (referência ao século XIX), o mazombo era espiritualmente português e vivia zangado com o Brasil, por não ser o Brasil a cópia exata de Portugal. Em fins do século, como as simpatias de Portugal se tivessem volvido para a França, vivia zangado com o Brasil porque a cultura brasileira não era a projeção exata da cultura francesa. (...) Cultura só a França tinha...

Cedamos a palavra, para arrematar, a Roberto GOMES (5):

Essa dependência (da moda européia) conduziu ao aparecimento, ao nível da reflexão, de uma atrofia escandalosa. Passou-se a discursar sobre uma realidade querida, a européia, sobre problemas europeus, utilizando termos e linguagem adequados àqueles problemas que estranham inteiramente nossa circunstância. A realidade querida é coisa diversa daquela na qual nos encontramos. Coisas problemáticas para um europeu podem ser, para nós, falsos problemas que somente à custa de verdadeira violência mental e grande alienação conseguimos revestir de “importância”. Se outra é a realidade, outros são os problemas virtualmente existentes, outros devendo ser os termos e métodos. No entanto, nada disso foi providenciado. Nossa realidade desde sempre foi suprimida. O intelectual brasileiro refugia-se numa constelação de conceitos esvaziados e de sonoras palavras que visam exorcizar isto de que tem tanto pavor e que julga de tão pouca classe: nossa brasilidade.


1 - HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo, Companhia das Letras, 2 ed., 1994, p. 156.
2 - VILLAS BÔAS, ORLANDO. A Arte dos Pajés – Impressões sobre o universo espiritual do índio xinguano. São Paulo, editora Globo, 2000, p.  25.
3 - PANTOJA, Selma. NZINGA MBANDI – MULHER, GUERRA E ESCRAVIDÃO. Brasília, Thesaurus, 2000,  pp. 132-133.
4 - MOGG, VIANNA. Bandeirantes e Pioneiros – paralelo entre duas culturas. Rio de Janeiro,  Civilização Brasileira, 18 ed., 1993,  p. 106.
5 - GOMES, Roberto. Crítica da Razão Tupiniquim. São Paulo, Cortez Editora, 6 ed., 1983, p. 76.
  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PODER CONSTITUINTE E CUMPRIMENTO DA LEI

Nesta mesma pesquisa que mencionei na postagem anterior (ver abaixo), foi constatado que os entrevistados se declararam dispostos a cumprir a lei independentemente do poder estatal que a tenha elaborado [Executivo, Legislativo ou Judiciário (1)]. 
Ao lado da aceitação da lei, independentemente de quem a faz, duas outras pesquisas mostraram resultados muito semelhantes à que realizei em 86. Estas pesquisas foram feitas pelo IBOPE, em 1999 e publicada na revista Época (2) e pelo DATAFOLHA, publicada no jornal Folha de São Paulo (3). A seguir, veja-se um paralelo entre as duas pesquisas:

IBOPE/BRASIL/1999
 – As leis devem ser cumpridas independentemente de concordarmos ou na com elas....... 85%
BRANDÃO/ITAJAÍ/1986 – Consideram-se pessoas que cumprem as leis sempre, ou as cumprem na maioria das ocasiões................................................................................................. 92%
DATAFOLHA/2005 – Não aceitaria dinheiro para mudar o voto.............................. 85%


Já no que diz respeito à opinião a respeito do comportamento dos outros em relação às leis, os resultados das duas pesquisas são muito semelhantes, mas revelam uma opinião diametralmente oposta em relação às opiniões sobre si mesmos:

IBOPE/BRASIL/1999 – A maioria das leis que existem no Brasil não é obedecida....77%
BRANDÃO/ITAJAÍ/1986 – A maioria das pessoas não cumprem as leis..................78%
DATAFOLHA/2005 – Os outros aceitariam dinheiro para mudar o voto...................73%

1- BRANDÃO NÉTO, João Marques. A Intenção de Cumprir a Lei. Dissertação de Mestrado apresentada ao CPGD/UFSC (Florianópolis-SC) em 25.08.1988.
2- No Banco dos Réus. Revista ÉPOCA no 44, 22/MAR/1999, P. 24.
3- MARREIRO, Flávia. PT é partido preferido mesmo sob denúncias. Folha de São Paulo no 27.873, de 26.07.2005, p. A10.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A NOÇÃO SOCIAL SOBRE O PODER CONSTITUINTE


As considerações feitas neste blog, em outras postagens,  sobre titularidade do poder constituinte resultam de postulados teóricos, cujo objetivo foi, numa dada época, justificar a não titularidade do poder pelo rei. Mas, também, estas construções teóricas surgiram na Inglaterra e na França que são sociedades com outras origens em relação à nossa. Assim, antes de olharmos para cá como um lugar em que a história chegou atrasada, precisamos entender nossa história: porque, por exemplo, se consentiu que Dom Pedro I outorgasse a constituição imperial, numa época em que a ideia de constituição se destinava exatamente a limitar o poder do rei? Como aceitamos as Cartas de 1937 e de 1967?
Esta aceitação da lei, sem questionar quem a faz, apareceu em três pesquisas, realizadas em diferentes Estados brasileiros.
Entre os anos de 1975 e 1976, HERKENHOFF (1) efetuou pesquisas de opinião junto a Juízes de Direito e população do interior e da capital do Estado do Espírito Santo. Dentre os integrantes do universo de pesquisa, havia profissionais de diversas áreas; o nível de escolaridade era distribuído entre vários graus e a classe social declarada era predominantemente média. Na opinião de 82,13% dos entrevistados do interior e de 81% dos da capital, os Juízes de Direito deveriam baixar portarias e ordens para impor a lei. Este resultado revela conformismo com a ilegitimidade da lei, pois ela deve ser feita por representantes do povo. Todavia, na época da pesquisa o país vivia no auge da ditadura militar, em que o Presidente da República podia cassar mandados, fechar o congresso e legislar por Decretos-Leis, sem que tais atos pudessem ser discutidos no Judiciário. Talvez os componentes do universo de pesquisa soubessem disso....
Nos anos de 1978 a 1981, CALDEIRA (2) realizou pesquisa de opinião e descritiva, tendo por universo uma vila de bairro da periferia do Município de São Paulo (SP): Jardim das Camélias, em São Miguel Paulista. Foram entrevistados 33 moradores, dentre operários, escriturários, donos de bar e outros profissionais. Segundo CALDEIRA, para seus entrevistados...

...as leis aparecem sempre relacionadas ao “governo” e muito raramente ao Legislativo (...). ...o Legislativo é algo desconhecido pelos moradores de São Miguel – não se associa a ele nem os parlamentares, nem as leis, que são sempre vistas como frutos da vontade do Executivo.

Mas a pesquisa também foi realizada durante a ditadura mlitar.
Resultados assemelhados aos de HERKENHOF e de CALDEIRA aparecem na pesquisa que realizei em Itajaí (SC), entre outubro de 1986 e fevereiro de 1987 (note-se que eleição da Constituinte que elaborou a Constituição de 1988 ocorreu em novembro de 1986). Entrevistadas 351 pessoas, cujos níveis de instrução se distribuíam entre os três graus e com renda superior a cinco salários mínimos para o contingente majoritário, destacam-se os seguintes percentuais:










1 - HERKENHOFF, João Batista. O Direito dos Códigos e o Direito da Vida. Porto Alegre, Editora Sérgio Fabris, 1993, pp. 56-65, 122 e125.
2 - CALDEIRA,  Teresa Pires do Rio. A Política dos Outros. São Paulo, Editora Brasiliense, 1984, p. 9, 10, 141-143 e 213.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Finados

Em homenagem aos que se foram, uma foto da sepultura de meus avós paternos e de minha tia.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia de Todos os Santos

Hoje é dia de todos os Santos. Vai uma foto da Baía de Todos os Santos.