A data de 7 de Setembro é mais um símbolo do que a recordação de um evento. Ainda que o Grito do Ipiranga tenha acontecido, ele é um evento dentro de uma cadeia de acontecimentos. A Independência do Brasil começou em 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil. Como, numa monarquia absoluta, a capital do Reino é onde está o Rei, o Rio de Janeiro passou a ser a capital do Reino de Portugal e Algarves. Depois, mesmo que a Revolução da cidade do Porto de 1820 tenha forçado o retorno do rei a Portugal, o Brasil não voltaria mais à condição de colônia. As cortes (nome da Assembléia Constituinte que começou a funcionar em Portugal em 1820, na qual houve representantes do Brasil) não souberam conduzir a situação de modo a não rebaixar o Brasil da situação que estava.
Conta-se que os constituintes brasileiros não foram bem tratados em Lisboa. Tentou-se, enfim, fazer o Brasil voltar à condição de colônia, situação que acirrou os ânimos.
Assim, a permanência de D. Pedro no Brasil, enquanto seu pai ia para Portugal em 1821, a eleição de uma Constituinte Brasileira em junho de 1822 e outros acontecimentos, formaram um conjunto de eventos que foi fazendo e consolidando a independência do Brasil.
Mas, como não seria possível comemorarmos todos os acontecimentos daquele período que foi de 1808 a 1824 (neste ano se consolida juridicamente nossa independência com a Constituição Imperial), escolheu-se o dia em que Dom Pedro fez uma proclamação solene, ou seja, 7 de Setembro, para marcar a independência.
A foto colorida acima é do Museu da Independência e a foto preta e branca é do monumento à independência, ambos na cidade de São Paulo.
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