Chegar a Nova Iorque e Paris, no outono, tem todo um ar de novidade. Nova Iorque impressiona
pela magnitude, pela grandiosidade das construções, das pontes e, como se sabe, dos edifícios.
Paris impressiona pela história impregnada em suas construções: Louvre, Arco do Triunfo, Notre Dame...
pela magnitude, pela grandiosidade das construções, das pontes e, como se sabe, dos edifícios.
Paris impressiona pela história impregnada em suas construções: Louvre, Arco do Triunfo, Notre Dame...
Então, quando se vai pela segunda vez aos EUA e se aporta em Maiami, o surpreendente é a familiaridade da paisagem. O ambiente de praia, nos meses de outubro e novembro, surpreende por ser no hemisfério norte. Maiami tem também edifícios grandiosos, como os de Nova Iorque, mas o ar praiano é que é inesperado.
Este ambiente praiano, por óbvio, se mostra em sua plenitude em Miami Beach, mais precisamente na Ocean Drive, a Avenida Beira-Mar de lá. A Ocean Drive é uma Avenida Atlântica (tomando Balneário Camboriú por parâmetro) com restaurantes e bares mais padronizados (padronizados porque, em regra, servem comidas muito parecidas, em geral frutos do mar): predominam restaurantes e as sanduicherias vendem os invariáveis "cheese" isso ou aqui. Os "X" qualquer coisa daqui. Em cada restaurante há uma moça abordando quem passa e mostrando o cardápio, para atrair clientes. Isso é um pouco constrangedor, mais nos é muito familiar.
Pelo que vi nos EUA, não há a variedades de comidas que temos aqui (mas tudo pode ser consequência de meu péssimo inglês, que me impede de entender os cardápios). Mas ainda acho que nossos pratos são mais ecléticos e penso que - como disse certa vez Paulo Freire - comemos cultura. E essa variedade e mistura de comidas nossa não vi nos poucos países que visitei (Chile, Argentina, Espanha, França e até nosso familiaríssimo Portugal).
Uma vez um amigo me disse que, nos EUA, não se entra nos restaurantes a se vai sentando. Tomei a lição ao pé da letra e nunca me dei mal: espera-se na porta do restaurante (qualquer que seja tipo e padrão de restaurante), o garçom vem e nos leva à mesa. Isto - apesar de fora dos nossos hábitos - me pareceu muito racional, pois permite um maior controle da ocupação das mesas e da distribuição da clientela. No Brasil temos uma cultura de restaurante exatamente oposta: é gentileza do garçom nos deixar "à vontade", de modo que possamos escolher a mesa que nos agradar. Lá, nem pensar. Acredito que só uma revolução cultural mudaria este nosso hábito.
Café da manhã lá nos EUA, em regra, não está incluído na diária. O "café da manhã" de lá, portanto, não é parte da hospedagem. Isto esvazia os lugares destinados ao "breakfast" e os torna ambientes silenciosos e formais. Há sempre pouca gente fazendo a primeira refeição do dia, mesmo que o hotel esteja lotado. No Brasil, nossos cafés da manhã, aqui, são momentos de alegres encontros. Enquanto nos EUA uma pessoa fica à porta do restaurantes, conduzindo os comensais às mesas que lhes forem destinadas, aqui, nos cafés da manhã, um garçom atarantado vai anotando os apartamentos dos hóspedes, que se vão sentando nas mesas que escolherem ou que estiverem vagas.
No "breakfast" dos EUA há uma mesa farta de carnes, omeletes, bacons, pratos salgados enfim, e uma mesa mais reduzida com queijos e frutas, pães e muitas roscas "pretzel". Geléias, não vi. Aqui, há uma pequena mesa com salsichas, omeletes e um baconzinho; e uma farta mesa com variados pães, bolos, tortas, docinhos, geléias, queijos. E, entre os queijos, o mais popular: nosso queijo de minas. E o pão de queijo, claro, muito pão de queijo.
Maiami é uma espécie de América Latina dentro dos EUA; há muitos cubanos, lojas e bares estilo
cubano e o espanhol é falado por muitos (há gente, porém, que não fala espanhol em Maiami).
A bem da verdade não é espanhol que se fala, mas castelhano, pois não existe uma língua espanhola (na Espanha se fala galego, catalão, basco, castelhano etc).
Na praia (South Beach) é aceito o topless, mas não com a naturalidade e quantidade que se vê em Marbella, na Espanha, por exemplo.
A Ocean Drive (em South Beach) tem alguns pontos muito nostálgicos. Tão nostálgicos que, além das construções de certo modo antigas (décadas de 30 a 50), há carros antigos permanentemente estacionados (são como um monumento).
Lá conheci em carne e osso o homem que inspirou o "J" da novela América; vi também o bar em que moças dançam em cima do balcão e que também aparecia na dita novela.
Este ambiente praiano, por óbvio, se mostra em sua plenitude em Miami Beach, mais precisamente na Ocean Drive, a Avenida Beira-Mar de lá. A Ocean Drive é uma Avenida Atlântica (tomando Balneário Camboriú por parâmetro) com restaurantes e bares mais padronizados (padronizados porque, em regra, servem comidas muito parecidas, em geral frutos do mar): predominam restaurantes e as sanduicherias vendem os invariáveis "cheese" isso ou aqui. Os "X" qualquer coisa daqui. Em cada restaurante há uma moça abordando quem passa e mostrando o cardápio, para atrair clientes. Isso é um pouco constrangedor, mais nos é muito familiar.
Pelo que vi nos EUA, não há a variedades de comidas que temos aqui (mas tudo pode ser consequência de meu péssimo inglês, que me impede de entender os cardápios). Mas ainda acho que nossos pratos são mais ecléticos e penso que - como disse certa vez Paulo Freire - comemos cultura. E essa variedade e mistura de comidas nossa não vi nos poucos países que visitei (Chile, Argentina, Espanha, França e até nosso familiaríssimo Portugal).
Uma vez um amigo me disse que, nos EUA, não se entra nos restaurantes a se vai sentando. Tomei a lição ao pé da letra e nunca me dei mal: espera-se na porta do restaurante (qualquer que seja tipo e padrão de restaurante), o garçom vem e nos leva à mesa. Isto - apesar de fora dos nossos hábitos - me pareceu muito racional, pois permite um maior controle da ocupação das mesas e da distribuição da clientela. No Brasil temos uma cultura de restaurante exatamente oposta: é gentileza do garçom nos deixar "à vontade", de modo que possamos escolher a mesa que nos agradar. Lá, nem pensar. Acredito que só uma revolução cultural mudaria este nosso hábito.
Café da manhã lá nos EUA, em regra, não está incluído na diária. O "café da manhã" de lá, portanto, não é parte da hospedagem. Isto esvazia os lugares destinados ao "breakfast" e os torna ambientes silenciosos e formais. Há sempre pouca gente fazendo a primeira refeição do dia, mesmo que o hotel esteja lotado. No Brasil, nossos cafés da manhã, aqui, são momentos de alegres encontros. Enquanto nos EUA uma pessoa fica à porta do restaurantes, conduzindo os comensais às mesas que lhes forem destinadas, aqui, nos cafés da manhã, um garçom atarantado vai anotando os apartamentos dos hóspedes, que se vão sentando nas mesas que escolherem ou que estiverem vagas.
No "breakfast" dos EUA há uma mesa farta de carnes, omeletes, bacons, pratos salgados enfim, e uma mesa mais reduzida com queijos e frutas, pães e muitas roscas "pretzel". Geléias, não vi. Aqui, há uma pequena mesa com salsichas, omeletes e um baconzinho; e uma farta mesa com variados pães, bolos, tortas, docinhos, geléias, queijos. E, entre os queijos, o mais popular: nosso queijo de minas. E o pão de queijo, claro, muito pão de queijo.
Maiami é uma espécie de América Latina dentro dos EUA; há muitos cubanos, lojas e bares estilo
cubano e o espanhol é falado por muitos (há gente, porém, que não fala espanhol em Maiami).
A bem da verdade não é espanhol que se fala, mas castelhano, pois não existe uma língua espanhola (na Espanha se fala galego, catalão, basco, castelhano etc).
Na praia (South Beach) é aceito o topless, mas não com a naturalidade e quantidade que se vê em Marbella, na Espanha, por exemplo.
A Ocean Drive (em South Beach) tem alguns pontos muito nostálgicos. Tão nostálgicos que, além das construções de certo modo antigas (décadas de 30 a 50), há carros antigos permanentemente estacionados (são como um monumento).
Lá conheci em carne e osso o homem que inspirou o "J" da novela América; vi também o bar em que moças dançam em cima do balcão e que também aparecia na dita novela.
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