Tenho visto muita gente dar como motivo das ações das pessoas (políticos, servidores públicos, médicos, professores etc) a vontade de ganhar dinheiro. Raramente se fala em vontade de exercer poder ou vaidade.
Weber já disse (Max WEBER, O Político e o Cientista) que os meios acadêmicos são lugares onde impera a vaidade. Eu acrescento: meios jurídicos (Juízes, Promotores/Procuradores, Advogados e Servidores), jornalísticos, políticos e outros são também lugares onde impera a vaidade.
Sobre o que seja a vaidade há uma obra e um artigo interessante. A obra é citada no artigo, de PRM PINTO; o autor da obra é o brasileiro, do século XVII, Matias Aires.
Falo em vaidade dos homens, para referir-me não necessariamente ao ser humano, nem ao macho humano, mas sim para chamar a atenção para a vaidade em atividades tradicionalmente reservadas aos machos humanos (uma mulher juíza, por exemplo, se se enfeita, extravasa a vaidade feminina; mas se deseja ser elogiada por um trabalho acadêmico, está extravasando esta vaidade de que falo).
É a vaidade de receber elogios por uma boa aula, uma sentença, uma denúncia, uma matéria jornalística.
E as pessoas parecem que ou não percebem ou percebem e fazem de conta que não notaram que os elogios muitas vezes são falsos, são destinados ao simples agrado ou a angariar algum favor. E se doam por este elogio, fazem o que lhes é pedido, muitas vezes contra a lei ou a ética.
Mas nem sempre os elogios são falsos. E a vaidade não é um defeito, penso eu. Só acho que o vaidoso deve se assumir como tal e não ser hipócrita.
O Brasil que eu quero
Há 6 anos
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