Presépio do Banga |
Dide Brandão tinha uma loja de produtos artísticos em Brasília. Chamava-se Banga e ficava na Galeria do Hotel Nacional. Fechou em 1976, quando Dide morreu. Dide era meu tio. A loja era mais um ateliê do que uma loja propriamente dita, pois Dide vendia os quadros que pintava e outras obras de arte que ou produzia ou incrementava. Incrementar era colocar algo mais além do que tinha quando ele comprava. Mas podia também se limitar à revenda de peças, sem retoques. E aí há um episódio que não sei se me lembro com precisão ou só em recortes da infância.
Dide encomendou várias imagens em Rio Negrinho/SC. Digo Rio Negrinho, mas não tenho certeza. Nunca consegui confirmação de que houve ou há uma fábrica de imagens em Rio Negrinho. Mas, se houve, isto ocorreu na década de 60. As imagens vieram para Itajaí, para a casa de minhas tias - irmãs do Dide - e seriam despachadas para Brasília. Mas, ao chegarem as caixas de madeira, repletas de imagens, fomos ver o que havia de interessante. Então eu vi o presépio da foto acima e o pedi para meu pai. Que situação devo ter criado! Que embaraço! Mas era coisa de criança intrometida e não houve maiores dramas.
Suponho que meu pai comprou o presépio de meu tio. Ou meu tio mo deu de presente, pois era meu padrinho de crisma. Foi, de qualquer modo, uma boa coisa que aconteceu, pois tenho o presépio até hoje e o armo no Natal.
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