Entre outubro de 1986 e março de 1987 eu percorri o centro de Itajaí fazendo pesquisa de campo para minha dissertação. As pessoas em geral me atendiam e, das 351 pessoas, 3 se recusaram a ser entrevistadas. Uma delas, de cuja fisionomia lembro até hoje (loura, cabelos curtos, olhos verdes, mais para cheinha do que para magra) disse-me o seguinte: "Não tenho tempo para atendê-lo, especialmente porque este tempo que vou gastar não vai ajudar em nada na minha vida."
Durante muito tempo guardei muita raiva desta falta de solidariedade com meu trabalho. Com mais tempo passando e a correspondente aquisição de experiência e diante da inifinidade de questionários que nos pedem para preencher - especialmente nestes tempos de internet - começo a achar que a moça tinha certa razão.
O Brasil que eu quero
Há 6 anos
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