Itajaí, 1.11.1930 - Cemitério |
Joca Brandão em outra foto |
Detalhe da foto acima: Joca discursa |
Joca Brandão (João Marques Brandão) foi meu avô. Morreu em 1.11.1930, fazendo um discurso em homenagem ao golpe ou revolução de 1930. Provavelmente esta circunstância é que deve ter contribuído para ele virar epônimo de uma Avenida, em Itajaí.
Durante muito tempo minha mãe indicava foto acima, que dizia ser do dia em que meu avô morreu. Dizia que estava no cemitério, local onde foi proferido o discurso e alguém gritou: "Morreu um homem!" E ela desandou a correr. Não sabia que, anos mais tarde, casaria com o filho daquele homem que estava morrendo. Aí já há uma curiosidade: a casa de meu avô materno ficava a uns 500 m do cemitério e minha mãe, com 6 anos, deve ter ido lá sozinha, pois dizia que voltou correndo para casa. Por aí se vê que a cidade era muito pacata, especialmente considerando que meu avô materno era muito rigoroso com as filhas.
Pois bem, revendo a foto, só agora percebi um vulto muito próximo do local em que meu pai dizia que meu avô paterno havia caído morto (causa da morte: enfarto). É apenas uma cabeça, calva. Hoje, que as digitalizações permitem um aumento maior do que as lupas, percebi que o homem estava falando como quem discursava e tinha as feições de meu avô paterno. Ou seja, ele foi fotografado minutos antes de morrer.
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