quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mexilhão

Outro dia fui ver uma exposição de artesanato, daquelas que não só expõem, mas também vendem artesanatos. Num dos "stands" havia barquinhos. Um homem pegou um dos barquinhos, olhou, virou pra cima e pra baixo e não comprou, devolvendo-o ao expositor. Pelos cabelos grisalhos, devia ter uns 50 anos. 
O barquinho - como toda peça artesanal - era frágil. E, por mais forte que fosse, uma queda o quebraria. Mas quem só sabe ver com as mãos, deve ser tão cara de pau que quebra e não paga. Ou reluta e discute e só paga na marra.
Fui educado para ver com os olhos e desde minha infância vi crianças que não foram habituadas a isso, ou seja, sempre "olharam" com as mãos e os olhos. Viraram adultos folgados como o velhote que mexia no barquinho. 

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