O requerimento ao Bispo para provimento de capelão de fato foi feito. A presença de um Capelão era condição essencial para que funcionasse a Capela, que já estava em construção. A Capela era edificada com invocação do SS. Sacramento e N. S. dos Remédios de Itajaí. O requerimento era de 5.1.1824 e já se pretendia que a primeira missa fosse rezada em 2.2.1824. Além da nomeação do Capelão, pedia-se ao bispo a "independência e separação territorial" do Distrito de Itajaí em relação a "Itapocoróia", com o que já havia concordado o Capelão daquele lugar. (o texto do requerimento se encontra em D'ÁVILA, Edison. Pequena História de Itajaí. Itajaí, Prefeitura Municipal de Itajaí, 1982, pp. 113-116).
Em 5 de janeiro de 1824, 21 pessoas assinam um requerimento ao Bispo do Rio de Janeiro, solicitando o desmembramento do Distrito de Itajaí do de Itapocoroi. Antônio Dias de Arzão é uma destas 21 pessoas. No requerimento é informado que ali habitavam trezentos fogos, ou seja, trezentas pessoas. O uso da palavra “distrito” não parece ter conotação política ou territorial. A julgar pelas vezes em que a palavra “distrito” aparece nas Ordenações Filipinas, aparentemente seu significado era de sede de um lugar, ponto central, sítio.
Na carta há um compromisso do Povo de, voluntária e generosamente, apesar de suas curtas possibilidades a fazer uma côngrua (= dar uma pensão) certa a seu Capelão até se acharem em circunstâncias de requererem a S.M. Imperial e Real o que por lei se concede às mais Freguesias.
O requerimento era necessário, pois não se podia edificar capela sem autorização do Bispo e, após pronta a edificação, somente se poderia dizer missa com nova autorização do Bispo (parágrafo 683 das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia).
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