A construção das igrejas, até o século XVIII, pelo menos, eram custeadas pelo Estado, como se vê pelas Constituições Primeiras do Arcebispado de Bahia, de 1707:
689. E não tratamos aqui do dote que é preciso tenha cada uma das Igrejas Paroquiais porque como todas as deste Arcebispado pertencem à Ordem e Cavalaria de Nosso Senhor Jesus-Cristo, de que S. Majestade é perpétuo administrador, tem o mesmo Senhor com muito católica providência mandado pagar pontualmente, e vão na folha os dotes das Igrejas, que é seis mil réis a cada Igreja, e oito para as que estão em Vilas: assim como com muito liberal mão como tão zeloso e Católico Rei manda dar grossas esmolas, assim para a edificação como para reedificação das ditas Igrejas.
Sobre as despesas decorrentes da construção de Igrejas, Darcy Ribeiro faz interessante comparação:
Com efeito, não há comparação possível entre o custo social das catedrais e mosteiros católicos da América Latina e a singeleza das igrejas de tábuas dos protestantes. Estas, além de onerar menos a população, liberando recursos para inversões produtivas, serviam, frequentemente, de escola, sustentando um esforço de educação oposto ao espírito elitista dos educadores católicos do Sul.(RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros – Livro I – Teoria do Brasil. Petrópolis, Vozes, 7 ed., 1983, p. 64).
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