Itajaí, 150 anos de fato, 352 de direito XXIV
J.M. Rodrigues, citado por Silveira Júnior, informa que Agostinho Ramos foi um homem de muito respeito e consideração, verdadeiro político na extensão da palavra, serviçal, protetor e amigo verdadeiro das pessoas de sua intimidade (...). Foi o civilizador do povo daquela localidade; nada se fazia sem indicação e consulta dele (1).
Bernadete Flores, em dissertação de mestrado defendida em 1979, escreve o seguinte:
Fundador é aquele que toma a si o encargo de líder na nova póvoa que vai surgindo, que a organiza e a faz prosperar em decorrência de uma centralização de interesses, convergindo todos para um único ponto, em torno do chefe – o fundador, que passa a ser o administrador. Foi o que aconteceu a Agostinho Alves Ramos, em fins de 1823, quando chegou a Itajaí (2).
Agostinho Alves Ramos, que viera de Desterro, mas cujo local de nascimento até hoje é incerto, morreu em 16 de julho de 1853.
Van Lede, que esteve em Itajaí, em abril de 1842, fala de duas autoridades do lugar, como foi visto. A outra autoridade, o Juiz de Paz, era Antônio Dias de Arzão, falecido em 21 de novembro de 1843 (3). Ele foi o último Arzão mencionado nos textos consultados sobre a história de Itajaí.
Notas:
1 - SILVEIRA JÚNIOR, Norberto. Itajaí. São Paulo, Comemorativas, 1972, p.24.
2 - FLORES, Maria Bernadete Ramos. História Demográfica de Itajaí – Uma População em Transição. 1866/1930. Florianópolis, 1979. Dissertação aprovada pelo Curso de Pós-Graduação em História da UFSC, p.52.
3 - SILVA, Pedro Ferreira e. Reminiscências. Itajaí-Cem Anos de Município. Itajaí, 1960 (sem numeração de página).
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