sábado, 30 de outubro de 2010

Primeira Imprensa em Itajaí

Itajaí, 150 anos de fato, 352 de direito XXXI

Em 1884, circulava o primeiro jornal da cidade, cuja impressão se dava lá mesmo. Mas ele se limitou a três edições semanais. A partir de então (pelo menos até 1889), é registrada, a cada ano, a criação e circulação de outros jornais, de duração efêmera. É no ano de 1904 que passam
a circular periódicos com vida mais longa. E, desse ano em diante, sempre haverá órgãos de imprensa em Itajaí. Pode-se mencionar também outras publicações, como os anuários - estes, esporádicos - que já eram impressos, pelo menos, em 1924.
A leitura de jornais das duas primeiras décadas do Século XX esclarece uma série de acontecimentos climáticos e políticos atuais. Fica-se sabendo, por exemplo, que houve uma enchente em 1911 que inundou os mesmos lugares que aquela de 1983. Sabe-se, também, que, no carnaval de 1912, o tema político de um carro alegórico (referia-se a um acordo com Lauro Müller, que gerou efeitos até nossos dias) gerou um tiroteio durante o desfile. Um tiroteio em sentido literal, resultando em gente ferida.
Além dos jornais, uma das fontes de pesquisa que ainda pode revelar informações muito interessantes são os processos judiciais. Há autos arquivados em Itajaí que datam de 1860. São processos que tramitaram sob a jurisdição do Juiz Municipal, pois o primeiro Juiz de Direito só chegaria em 1868, com a criação da Comarca. Há, ainda, os arquivos da Câmara Municipal que, apesar da balbúrdia em que se encontravam na década de 80 (pelo menos os documentos produzidos até 1946), permitem valiosas pesquisas. E, além destes, os registros públicos e outros documentos como certidões de batismo, casamento, morte, muitos dos quais em posse da Igreja.

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