Todos sabemos que os preços sobem na alta temporada das regiões turísticas. Mas não suporto quando o preço alto não está cobrando um serviço, mas sim uma aparente sofisticação. Hoje vi aqui em Florianópolis restaurantes que parecem cotar os preços dos pratos em euros. Imagino que pretendem dar ao local uma aparência européia, ou estadunidense. Recebem o cliente e escolhem a mesa para ele (é forte nossa cultura no sentido de escolhermos a mesa em que comeremos em um restaurante) e oferecem pratos sem o acompanhamento (nem arroz, que é cobrado como extra).
Ora, os donos destes restaurantes não pagam seus empregados em euros, mas em real e certamente não respeitam os direitos trabalhistas de quem lhes vende a força de trabalho. Querem ser estrangeiros em seu próprio país.
Não sei se é excesso de bairrismo ou de caipirismo meu, mas gostei mais do McDonalds do Brasil do que o dos EUA; mais do bacalhau feito no Brasil, do que do que comi em Portugal; mais do pão francês feito no Brasil do que o pão que comi na França; mais do macarrão daqui do que do da Itália.
Por sorte achei um restaurante que oferecia pratos típicos locais a preços locais (ainda que de alta temporada, mas justos e honestos).
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