Este semana vi um homem fazendo leitura de medidores de consumo de energia elétrica. Na verdade, no momento que o vi, imprimia os hoje boletos (antigamente talões) para pagamento da conta. E imprimia porque naquele edifício ele não conseguira entrar para ler os medidores. Nestes casos, o cálculo do consumo é feito a partir da média dos meses anteriores. Ou seja, se nos 3 meses anteriores o consumo foi alto e no mês da tentativa da leitura o consumo foi baixo, vai a média alta. Ele nao soube me dizer se as pessoas tomavam conhecimento dessa "punição" para quem dificulta a leitura.
O fato é que é muito difícil entrar nos edifícios. As pessoas têm medo ou é mesmo paranóia, ou egoísmo, sei lá... Em 1986, em Itajaí, quando fiz minhas entrevistas para compor a dissertação de mestrado, já encontrava a mesma dificuldade. E o grau de paranóia com a ladroagem e a violência devia ser menor do que hoje.
Pois bem, as pessoas não deixam o leiturista de medidor entrar, mas as construtoras não fazem edifícios cujos medidores fiquem num local de acesso mais fácil. É a nossa cultura da complicação e do desperdício.
Mas pouco se coíbe a violência, os ladrões furtam e roubam e é justo o medo de deixar qualquer um entrar.
Mas o que me chamou a atenção em tudo isso foi o fato do homem ler o medidor e já imprimir o boleto. Coisas da modernidade... Que existe para as cobranças, mas é antiga para o combate ao crime e ao desperdício.
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