quinta-feira, 18 de março de 2010

Procissão do Encontro 4


Como meu bisavô viera de Porto e tinha parentes em Valongo, cidade de forte tradição da procissão do encontro e da Confraria do Senhor dos Passos, certamente passou a devoção para meu avô, que, aos 44 anos de idade, transplantou o costume para Itajaí, trazendo as imagens como Presidente que era da Irmandade do Senhor dos Passos. Quando nasci, em 1957, meu pai é que comandava as comemorações e eventos da Semana Santa. Mais tarde, com a morte de meu pai, continuei o trabalho por alguns anos, até me mudar para Florianópolis, quando me desliguei de tais atividades.
Penso, porém, que as atividades religiosas que se faziam na década de 1960 eram de uma intensidade que pouco variara desde os séculos XVIII ou XIX. A cidade, na minha idéia, se associava nas comemorações e ainda tudo acontecia como se fossem acontecimentos cuja participação de todos era inapelavelmente obrigatória. É provável que assim fosse, dado o grande percentual de católicos na população brasileira em 1950 (93,5%). Mas também era possível que não fosse tão grande a adesão do povo à atividade religiosa, tudo não passando de superestimação minha, já que as pessoas mais próximas de mim é que se envolviam com os acontecimentos. Mas tudo era muito interessante.

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