quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pobreza, Catolicismo e PIB


Texto retirado da Folhina de Nossa Senhora de Fátima – 2010 – Editora Ave Maria - no verso do dia 14.2.2010:
6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Comentário: É sempre aos seus discípulos que Jesus diz: "Bem-aventurados sois vós que agora tendes fome, vós que agora chorais, vós que sois perseguidos".Trata-se das consequências do estado de pobreza escolhido por eles. A bem-aventurança deles não se deve aos sofrimentos pelos quais estão passando, aos problemas que enfrentam, mas porque, com a vinda do Reino, essas situações dolorosas desaparecerão: quem estiver com fome será saciado e quem estiver em lágrimas voltará a regozijar-se. Os que escolhem o ideal da concentração egoísta de bens materiais, da satisfação de todos os caprichos enquanto outros perecem vitimados pela fome, enquanto se desinteressam pelos que sofrem, esses são inimigos do Reino, estão marcados, estão condenados. Não são odiados ou castigados por Deus, mas são malditos porque fizeram a escolha errada, porque se colocaram em uma situação miseranda: a situação que impede a aceitação da riqueza que é oferecida por Deus. Os discípulos que escolheram a pobreza são bem-aventurados não só porque, renunciando à posse dos bens materiais, contribuíram para criar uma sociedade mais justa, mas porque, tendo o coração desapegado do dinheiro, podem abrir-se para o projeto de Deus, para a salvação, que vai além dos horizontes deste mundo. Quanto aos ricos, a condição na qual vivem os impede de erguer os olhos e acolher o convite para a alegria do Reino.

Texto tirado do site que pode ser visto aqui, onde se mostra a diminuição da população católica no Brasil:
De acordo com o IBGE, em 1950, 93,5% da população brasileira declararam-se católicos apostólicos romanos, 3,4%, evangélicos; 1,6% mediúnicos/espiritualistas e 0,8%, de outras religiões, com o mesmo percentual para os sem religião e sem declaração. Vinte anos depois, em 1970, 91,8% disseram-se católicos; 5,2% evangélicos; 1,6% mediúnicos/espiritualistas; 1,0% de outras religiões e 0,8% sem religião e sem declaração. Em 1980, o percentual de católicos caiu para 88,9%; o de evangélicos cresceu para 6,7%; e o de mediúnicos/espiritualistas diminuiu para 1,3%; de outras religiões passou para 1,2% e o dos sem religião para 1,9%. Em 1991, a população católica caiu para 83,0%; a evangélica subiu para 10,0%; e a mediúnica/espiritualistas 1,5%; as outras religiões, diminuíram para 0,4%; e os sem religião para 4,7% e os sem declaração, para 0,4%. Em 2000, declararam-se católicos 73%; evangélicos, 15,4%; mediúnicos/espiritualistas 1,7%; de outras religiões, 1,6%; sem religião, 7,3% e sem declaração, 0,4%.

Evolução do PIB brasileiro no século XX, cuja íntegra do texto pode ser vista aqui:
Entre 1901 e 2000, o Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 110 vezes (mantendo-se, ao longo do século XX, numa taxa média de 4,8% ao ano) e o PIB per capita (índice obtido através da divisão do PIB pela população total), quase 12, com crescimento geométrico médio de 2,5% ao ano, um feito que poucas economias conseguiram superar, destacando-se Japão, Taiwan, Finlândia, Noruega e Coréia. Nas duas primeiras décadas, quando o café ainda era a atividade econômica predominante, o PIB per capita permaneceu estagnado. De 1920 a 1980, no entanto, a urbanização e a industrialização fizeram o índice praticamente dobrar a cada 20 anos.
As duas décadas de intervalo democrático, entre 1946 e 1964, caracterizaram-se por um momento único de diversificação de bens produzidos e de intenso crescimento. No final dos anos 50, com o Plano de Metas de JK, a aceleração do crescimento destacou-se no segmento produtor de bens duráveis de consumo modernos, especialmente veículos e eletrodomésticos.
A determinação dos governos militares de tornar o Brasil uma "potência emergente" e a disponibilidade externa de capital aceleraram e diversificaram o crescimento do país entre 1968 e 1974, a chamada época do "Milagre Econômico". Na década de 70, o PIB cresceu mais de 10% ao ano, ultrapassando, em 1973, a marca de 14%, atingindo o auge do período. A vulnerabilidade a choques externos, no entanto, não diminuiu, como se viu na crise mundial do petróleo (1973/78), provocada pelo embargo do fornecimento aos Estados Unidos e às potências européias pela Opep, de maioria árabe. A alta internacional dos juros, aliada à crise, desacelerou a expansão industrial a partir do ano seguinte. Em 1978, o governo amargou os efeitos da crise do petróleo, da recessão internacional e do aumento das taxas de juros, que colocaram a dívida externa brasileira em patamar muito elevado. Em 1979, a crise econômica agravou-se ainda mais.
Já nas duas últimas décadas do século, a economia estagnou-se novamente. Neste período, o PIB per capita aumentou pouco mais de 1,1 vez, apresentando quedas drásticas em alguns anos. A década de 80 foi dominada pela questão do endividamento externo e suas implicações e por uma nítida aceleração das taxas de inflação. Uma das conseqüências dessa década, conhecida como perdida, foi a perda das fontes de financiamento do desenvolvimento e uma inflação cronicamente elevada, que dificultou a gestão pública nestes anos. A crise de 1981/1984 foi a mais severa, com queda de 12% do PIB per capita, enquanto que a de 1988/1994, a mais prolongada.
O PIB per capita parte de valores muito pequenos em 1900 (R$ 497,00), crescendo aceleradamente por 80 anos até chegar a R$ 6.011,00 em 1980. A partir daí, o desempenho do país em termos de crescimento econômico é mais lento: taxa de 0,34% ao ano, até 2000. A década de 90 teve crescimento bastante modesto. O ápice da expansão foi atingido em 1994, com a implantação do Plano Real. A partir de então, com a política de bandas cambiais (flutuação da taxa de câmbio dentro de um intervalo prefixado) e de juros elevados, aliada às crises do México em 1994, do Sudeste Asiático em 1997 e da Federação Russa em 1998, os índices de crescimento ficaram estacionados num nível medíocre.

De 2000 a 2007 o PIB brasileiro teve o seguinte crescimento que aparece no gráfico acima, que pode ser visto em detalhes aqui.

Em 2008 o PIB brasileiro cresceu 5,1% (veja detalhes aqui).

Há uma relação entre religião e crescimento econômico, ou entre religião e riqueza/pobreza?


2 comentários:

  1. Tradição Ibéro Católica atrai pobreza. Esta é autoritária, conservadora, injusta, egoísta e parcial. Países de tradição protestante são os mais avançados e desiguais. Ex: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e outros. O texto mostra com suas palavras e números. Brasil mais protestante, menos desigual!!!

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  2. O protestantismo abocanhou países que já eram ricos e em nada contribuíram por sua riqueza. Pelo contrário, os atrasou por séculos graças a ideia de Lutero que achava a fé oposta à razão: Conforme defendia Lutero, a razão e fé, ciência e teologia se contradizem como inimigas irreconciliáveis. "A Sorbona, mãe de todos os erros e de todas as heresias, professa um princípio detestável, afirmando que uma proposição verdadeira em teologia deve também necessariamente ser verdadeira em filosofia",(Walch. X, 1598. Cfr. DENIFLE, Luther und Luthertum I(2), 6538 sgs. DOELLINGER, Die Refomation, I(2), 481.)

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