sábado, 5 de março de 2011

Copo e Bola

Criança fantasiada de Índio
Hoje é sábado de Carnaval. Não se vê, em Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis todos os conhecidos nas ruas em comportamentos padronizados de carnaval. Pode existir um ou outro, mas não é a maioria. Nas décadas de 1960 e mesmo 1970, em Itajaí e Florianópolis se vivia um Carnaval mais comunitário  (não tinha gente suficiente para fazer muito movimento em Balneário Camboriú). Mas, em Itajaí, nos anos 60, ano após ano, havia uma repetição de comportamentos.
Sábado de manhã não tinha manifestação alguma. Salvo, é claro, lojas que, desde uns quinze dias antes, vendiam produtos carnavalescos e tocavam músicas da Carnaval para atrair fregueses. Sábado à tarde surgia o bloco Copo e Bola. Eram uns rapazes (hoje já estão com certa idade) que se fantasiavam, levavam à frente de todos um estandarte (com o nome do bloco) e ficavam batucando na rua Hercílio Luz. Depois iam ao Dinamarca e, quando este fechou, ao Bar da Trude. O aparecimento do Copo e Bola era o sinal de que o Carnaval tinha chegado. 
À noite todos iam para os Bailes: Guarani, Vila, Fazenda, Tiradentes. Havia a Sociedade Sebastião Lucas, que era frequentada por afro-descendentes e não sei se hoje ainda existe tal tipo de situação.
No Guarani, fotos dos bailes das décadas de 50 a 70 me revelaram um fato curioso: as pessoas "pulavam" ou desfilavam no salão sempre num círculo que girava no sentido anti-horário. Ano após ano o círculo sempre girou no mesmo sentido. Até hoje não entendi porque...

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